domingo, 21 de junho de 2015

O vôo do Pterossauro

Pterossauros (repteis com asas) se diversificaram no Jurássico e adotaram grande variedade de papéis ecológicos no Cretáceo, sendo extintos no mesmo evento que dizimou os dinossauros.

Eudimorphodon (autor desconhecido)
O Eudimorphodon, encontrado no norte da Itália, mostram todas as características encontradas no grupo: corpo curto, ossos pélvicos reduzidos e fusionados, na mão três dígitos com garras espessas e um quarto dígito para sustentar a membrana, pescoço longo e cabeça grande com mandíbulas pontiagudas. 

O estudo de crânios dos Pterosauria  sugerem uma gama de hábitos alimentares, desde longos dentes espaçados provavelmente usados para segurar e perfurar peixes (Rhamphorhynchus, Pterodacthylus) até dentes mais curtos (Dimorphodon) usados para se alimentar de insetos.




Mas como eles voavam?

No passado se supunha que os Pterossauros foram planadores ineficientes e incapazes de voar, com locomoção desajeitada no chão. Os trabalhos atuais mostram que foi completamente ao contrario, a primeira evidência é a posse da asa e as adaptações aerodinâmicas de seu corpo. A segunda evidência é de que provavelmente eles eram endotérmicos, possuíam penas que permitiam o isolamento térmico externo e proporcionava as altas taxas metabólicas necessários.

A batida de propulsão da asa era dirigida para baixo e para trás, e a batida de reposicionamento para cima e para frente, de forma que a ponta da asa descrevia um "8". O trabalho dos músculos e do esterno formavam como se fosse uma polia e permitiam o vôo mesmo que em baixas velocidades.
As asas eram altamente manobráveis , e se supõe que eles decolavam de arvores ou paredões. A aterrizagem exigiam pelve e sacro reforçados já que tinham que aguentar os fortes impactos.

Referências:
BENTON, J.M   Paleontologia dos vertebrados. 3ªed - São Paulo



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